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México envia militares à fronteira com os EUA para conter tráfico de drogas

  • Foto do escritor: leonardothurler
    leonardothurler
  • 4 de fev.
  • 2 min de leitura

Sheinbaum minimiza impacto das tarifas impostas pelo Equador e reforça cooperação com os Estados Unidos


Membros da Guarda Nacional do México embarcam em Cancún com destino à fronteira — Foto: REUTERS/Paola Chiomante
Membros da Guarda Nacional do México embarcam em Cancún com destino à fronteira — Foto: REUTERS/Paola Chiomante

O governo do México iniciou, nesta terça-feira (4), o envio de militares para reforçar a segurança na fronteira com os Estados Unidos. A ação faz parte de um acordo firmado entre a presidente Claudia Sheinbaum e o presidente americano, Donald Trump, para conter o tráfico de drogas, especialmente o fentanil, e evitar a imposição de tarifas alfandegárias de 25% sobre produtos mexicanos.


Durante sua coletiva de imprensa diária, Sheinbaum confirmou que o envio de soldados já começou e que a estratégia foi elaborada em conjunto com o general-secretário da Defesa. "Os militares já estão sendo mobilizados. Esse plano foi estruturado para garantir que outras regiões do país não fiquem vulneráveis", afirmou a presidente mexicana.


Segundo a imprensa local, tropas foram deslocadas de diferentes regiões, incluindo Cancún e Mérida, com destino a cidades como Tijuana e Matamoros, pontos críticos da fronteira onde o crime organizado tem forte atuação.


Impacto econômico das tarifas do Equador


Na mesma coletiva, Claudia Sheinbaum minimizou o impacto da decisão do Equador de aplicar uma tarifa de 27% sobre produtos mexicanos. Segundo ela, as exportações para o país sul-americano representam apenas 0,4% do total das vendas externas do México, o que não comprometerá significativamente a economia nacional.


A presidente também reforçou que a cooperação com os Estados Unidos é essencial para garantir a segurança regional e evitar sanções comerciais mais severas. "Estamos trabalhando para manter a estabilidade econômica do México e fortalecer nossas relações comerciais, sem abrir mão da soberania nacional", destacou.


Pressão dos EUA e combate ao tráfico


A decisão de enviar 10 mil militares à fronteira ocorreu após Donald Trump ameaçar a implementação de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos. A medida foi anunciada no último sábado (1º), quando o presidente americano acusou o México e o Canadá de facilitar a entrada de drogas e imigrantes ilegais nos Estados Unidos.


A relação entre os dois países segue tensa, especialmente após o governo Trump sugerir que o México tem uma "aliança" com cartéis do narcotráfico, declaração que foi fortemente repudiada por Sheinbaum. "Isso é uma calúnia. Nosso compromisso é combater o crime e garantir a segurança de nossos cidadãos", rebateu.

Atualmente, os Estados Unidos representam mais de 80% das exportações mexicanas, tornando qualquer barreira comercial uma ameaça à economia do país. O envio de tropas é visto como um gesto de boa-fé do governo mexicano para evitar prejuízos econômicos e manter boas relações diplomáticas.


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